quarta-feira, 28 de abril de 2010

Gerdau, poluindo e fazendo menos que sua obrigaçao!

A produção de aço a partir de sucata na planta da Gerdau em Sapucaia do Sul está resultando na produção de grandes quantidades de escórias contaminadas por altas concentrações de uma série de metais pesados tóxicos e potencialmente tóxicos incluindo o cromo, o chumbo, o manganês e o zinco. A escória armazenada próxima à planta também está contaminada por uma série de bifenilas policloradas (PCBs) persistentes. O perfil desses compostos na escória é consistente com o da mistura técnica de PCB Arocloro 1254.
Os resíduos de escória não são confinados de uma forma que possa prevenir a dispersão desses resíduos contaminados para o meio ambiente. Uma conseqüencia visível disso foi demonstrada pela presença de altos níveis de um grupo semelhante de metais na poeira coletada em uma casa próxima à planta da Gerdau. Essa poeira está contaminada de forma semelhante por grandes quantidades de PCBs, com um perfil semelhante ao encontrado na escória.
Sabe-se que a siderurgia de sucata produz grandes quantidades de poeira com altas concentrações de metais pesados como o zinco, o chumbo, o cádmio e o cromo. É bastante provável que essa poeira esteja contribuindo para a emissão de metais pesados tóxicos ao meio ambiente.
A emissão de metais pesados tóxicos e compostoso orgânicos persistentes da planta da Gerdau aqui demonstrada produz impactos negativos, não apenas na saúde dos trabalhadores da planta, mas também em populações humanas, em animais e no meio ambiente, tanto na vizinhança quanto em regiões mais afastadas.

http://www.greenpeace.org.br/toxicos/pdf/gerdauport1.pdf

"Processo lento e não voluntario"

Depois de 10 anos de diálogo, a Prefeitura de Maracanaú, a Semace e o Ministério Público Estadual oficializam, nesta quarta-feira, 10 de fevereiro, um documento histórico para a despoluição do ar no Município.
Foi assinado, na sede do Ministério Público Estadual, em Fortaleza, um Termo de Ajustamento de Conduta - TAC com a empresa do ramo de siderurgia e produção de aço, Gerdau Cearense, localizada no Distrito Industrial I. O Termo estabelece prazos na aplicação de medidas para proteção do ar, reduzindo em 60% a emissão de resíduos sólidos que prejudicam o meio ambiente e a população dos bairros do Acaracuzinho, Novo Oriente e Santo Sátiro. Estão sendo instalados equipamentos do sistema de despoeiramento, que é uma tecnologia que filtra as partículas sólidas e os gases gerados durante a produção do aço, evitando a sua emissão para a atmosfera.
Todas essas obrigações atendem ao Plano de Controle e Monitoramento Ambiental, previsto no Licenciamento Ambiental assinado junto à Semace. As medidas atendem às exigências contidas no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Maracanaú, da Legislação Federal e Estadual, nos termos das Resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente – Conama. Ainda de acordo com o TAC, a Semace e a Semam poderão atuar juntas na fiscalização e monitoramento das intervenções na fábrica. O descumprimento dos prazos das medidas anti-poluentes acarretará em multa diária de R$ 1 mil. O valor total da multa deve ser recolhido no prazo de 30 (trinta) dias após a notificação. Esse dinheiro deverá ser depositado na conta do Fundo Municipal de Meio Ambiente – Fundema.

http://www.maracanau.ce.gov.br

"GERDAU"

A Gerdau é líder no segmento de aços longos nas Américas e um dos maiores fornecedores de aços longos especiais do mundo. A empresa começou a traçar sua rota de expansão há mais de um século e hoje possui presença industrial em 14 países: Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, Guatemala, Índia, México, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.

No Brasil, possui operações em quase todos os Estados, que produzem aços longos comuns, especiais e planos. Seus produtos, comercializados nos cinco continentes, atendem os setores da construção civil, indústria e agropecuária. Eles estão presentes no dia a dia das pessoas nas mais diversas formas: integram a estrutura de residências, shopping centers, hospitais, pontes e hidrelétricas, fazem parte de torres de transmissão de energia e telefonia, são matéria-prima de peças de automóveis e participam do trabalho no campo.

Com ações listadas nas Bolsas de Valores de São Paulo, Nova York, Toronto, Madri e Lima, a Gerdau busca eficiência e crescimento com rentabilidade, sempre comprometida com o desenvolvimento sustentável.

Sistema de Gestão Ambiental

Uma das grandes preocupações da Gerdau é seu desempenho na área ambiental. Essa preocupação está refletida em suas práticas diárias, nos investimentos para atualização contínua dos equipamentos e nos programas de estímulo à conscientização ambiental.

Seguindo esse princípio, todas as usinas da empresa adotam o Sistema de Gestão Ambiental (SGA, elaborado de acordo com a norma ISO 14001 e que estabelece a análise de milhares de atividades industriais).

O objetivo é garantir todo o acompanhamento do processo, desde a utilização de matérias-primas, passando pela parte industrial e de distribuição de produtos, até a correta destinação dos co-produtos gerados no processo.

Além disso, o SGA envolve diretamente os colaboradores, aumentando seu comprometimento com os resultados obtidos na área.

domingo, 25 de abril de 2010

Assassinato de Zé Maria, liderança de movimento social em Limoeiro do Norte - CE

UM GRITO DE DENÚNCIA, UMA NOTA CONTRA A VIOLÊNCIA: JUSTIÇA AO COMPANHEIRO JOSÉ MARIA FILHO


Um crime provoca indignação e perplexidade: o assassinato de Zé Maria, 44 anos, ocorrido neste dia 21 de abril de 2010. Ele era presidente da Associação Comunitária São João do Tomé, presidente da Associação dos Desapropriados Trabalhadores Rurais Sem Terra – Chapada do Apodi, liderança do movimento social – filho da comunidade do Sítio Tomé - Limoeiro do Norte – CE,. As razões do assassinato se encontram no bojo dos conflitos provocados pela presença do agrohidronegócio, instalado em meados da década de 1990 na região jaguaribana. Esses conflitos trouxeram uma realidade de profundas injustiças sociais para a nossa região. A comunidade de Tomé bem como outras que se localizam na Chapada do Apodi sofrem o descaso e o desrespeito dos órgãos públicos e a irresponsabilidade das grandes empresas que se fixaram na Chapada e que atentam contra o meio ambiente e a saúde da coletividade.
Desde o início, Zé Maria se envolveu nas diferentes lutas contra essas injustiças, estando presente no Grito dos Excluídos, no Fórum Regional e seminários contra os Agrotóxicos, discutindo a problemática do uso da água. Sua voz ecoou em todo o Vale do Jaguaribe através das emissoras de rádio denunciando as violações dos direitos humanos que vitimam as comunidades da Chapada do Apodi.
Sua solidariedade inconteste o impulsionava ao debate e a denúncia cotidiana. Assumindo a defesa dos interesses coletivos, o bravo companheiro levou a todos os locais e momentos significativos das lutas os problemas dos trabalhadores rurais sem terra da Chapada do Apodí, as angústias e incertezas de centenas de famílias que recebem água contaminada e os infortúnios de dezenas de famílias que moram em casa de taipa na Comunidade do Tomé.
Este envolvimento o fez vítima. Vítima de quem? De que? Vítima dos conflitos (terra, água, agrotóxico) gerados pelo modelo de desenvolvimento do agrohidronegócio e, também, da inoperância e da negligência dos poderes públicos em solucionar esses conflitos.
Nos capítulos de nossa história muitos foram os/as companheiros/as que tombaram vítimas da expansão do agronegócio, da ganância desenfreada dos senhores do capital e da virulência social dos poderosos. Dentre eles/elas podemos citar o ecossocialista Chico Mendes, Pe. Josimo defensor da reforma agrária, a sindicalista Margarida Alves e a missionária Ir. Dorothy Stang. Seja com o seu exemplo de vida, seja na forma como lhe ceifaram a vida, Zé Maria assemelha-se a todos/as eles/as. E assim como a luta e a memória dos bravos lutadores não foram apagadas com a violência perpetrada por seus assassinos, também não serão esquecidos os teus gritos contra o agrotóxico, a tua defesa pela vida. É na Campanha da Fraternidade deste ano de 2010 que nos inspiramos para continuar a defesa dos direitos humanos, atentando para o ensinamento de Jesus: Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro ( Mt. 6, 24).
É com essa determinação que os movimentos e instituições que assinam esta nota vêm a público se solidarizar com a família do companheiro e com toda a Comunidade do Sítio Tomé, repudiar todas as formas de violência, exigir a apuração rigorosa do crime e a punição dos culpados.




Limoeiro do Norte, 21 de abril de 2010.



CÁRITAS DIOCESANA DE LIMOEIRO DO NORTE
NÚCLEO TRAMAS – UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
RENAPE – REDE NACIONAL DE ADVOGADO POPULAR
MAB – MOVIMENTO DOS ATINGIDOS POR BARRAGEM
CPT – COMISSÃO PASTORAL DA TERRA – DIOCESE DE L. DO NORTE
PASTORAIS SOCIAIS – DIOCESE DE LIMOEIRO DO NORTE
MST – MOVIMENTO DOS TRABALHADORES SEM-TERRA
FAFIDAM – FACULDADE DE FILOSOFIA DOM AURELIANO MATOS

terça-feira, 20 de abril de 2010

Salvemos o planeta!



Todos nós estamos assistindo uma estupenda agressão ao meio ambiente. Rios, mares, lagos, matas e a fauna são agredidos impiedosamente. Isso nos leva a uma pergunta: quem promove tamanha destruição do nosso planeta? Ora, você, como tantos outros, poderia responder: a destruição do meio ambiente deve-se a sanha devastadora do próprio homem, precisamos criar uma cultura de preservação da natureza.

Esse discurso serve muito bem para encobrir a verdadeira causa das agressões ambientais, pois o homem que destrói a natureza o faz tangido pelo sistema sócio econômico vigente que responde pelo nome de Capitalismo.

Uma classe, a burguesia, destrói a natureza em busca de fartos lucros. A outra classe, a dos despossuídos, devasta a natureza na busca desesperada pela sobrevivência. Assim sendo, torna-se inócua a tentativa de enfrentar esse problema apenas através de uma presumida cultura ambiental. Faz-se necessário e urgente que ataquemos a causa. É preciso desmantelar o sistema capitalista e construir uma nova ordem econômica e social, que planeje a relação do homem com a natureza e isso não pode ser feito nos marcos desse mesmo capitalismo. Dizer viva o nosso planeta, corresponde dizer: abaixo ao capitalismo!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Desenvolvimento Sustentável

Desenvolvimento sustentável é um conceito sistêmico que se traduz num modelo de desenvolvimento global que incorpora os aspectos de desenvolvimento ambiental. Foi usado pela primeira vez em 1987, no Relatório Brundtland, um relatório elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criado em 1983 pela Assembleia das Nações Unidas.
Esquema representativo das várias componentes do desenvolvimento sustentável

A definição mais usada para o desenvolvimento sustentável é:
O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais.
— Relatório Brundtland
O campo do desenvolvimento sustentável pode ser conceptualmente dividido em três componentes: a sustentabilidade ambiental, sustentabilidade econômica e sustentabilidade sócio-política.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento_sustent%C3%A1vel