Sou cheia de esperanças é uma delas e viver em uma sociedade de igualdade e respeito por isso sou socialista, anticapitalista e ambientalista. Respeito as diferenças, e estou em uma constante luta contra a desigualdade social que o sistema capitalista nos impõem.
domingo, 25 de abril de 2010
Assassinato de Zé Maria, liderança de movimento social em Limoeiro do Norte - CE
Um crime provoca indignação e perplexidade: o assassinato de Zé Maria, 44 anos, ocorrido neste dia 21 de abril de 2010. Ele era presidente da Associação Comunitária São João do Tomé, presidente da Associação dos Desapropriados Trabalhadores Rurais Sem Terra – Chapada do Apodi, liderança do movimento social – filho da comunidade do Sítio Tomé - Limoeiro do Norte – CE,. As razões do assassinato se encontram no bojo dos conflitos provocados pela presença do agrohidronegócio, instalado em meados da década de 1990 na região jaguaribana. Esses conflitos trouxeram uma realidade de profundas injustiças sociais para a nossa região. A comunidade de Tomé bem como outras que se localizam na Chapada do Apodi sofrem o descaso e o desrespeito dos órgãos públicos e a irresponsabilidade das grandes empresas que se fixaram na Chapada e que atentam contra o meio ambiente e a saúde da coletividade.
Desde o início, Zé Maria se envolveu nas diferentes lutas contra essas injustiças, estando presente no Grito dos Excluídos, no Fórum Regional e seminários contra os Agrotóxicos, discutindo a problemática do uso da água. Sua voz ecoou em todo o Vale do Jaguaribe através das emissoras de rádio denunciando as violações dos direitos humanos que vitimam as comunidades da Chapada do Apodi.
Sua solidariedade inconteste o impulsionava ao debate e a denúncia cotidiana. Assumindo a defesa dos interesses coletivos, o bravo companheiro levou a todos os locais e momentos significativos das lutas os problemas dos trabalhadores rurais sem terra da Chapada do Apodí, as angústias e incertezas de centenas de famílias que recebem água contaminada e os infortúnios de dezenas de famílias que moram em casa de taipa na Comunidade do Tomé.
Este envolvimento o fez vítima. Vítima de quem? De que? Vítima dos conflitos (terra, água, agrotóxico) gerados pelo modelo de desenvolvimento do agrohidronegócio e, também, da inoperância e da negligência dos poderes públicos em solucionar esses conflitos.
Nos capítulos de nossa história muitos foram os/as companheiros/as que tombaram vítimas da expansão do agronegócio, da ganância desenfreada dos senhores do capital e da virulência social dos poderosos. Dentre eles/elas podemos citar o ecossocialista Chico Mendes, Pe. Josimo defensor da reforma agrária, a sindicalista Margarida Alves e a missionária Ir. Dorothy Stang. Seja com o seu exemplo de vida, seja na forma como lhe ceifaram a vida, Zé Maria assemelha-se a todos/as eles/as. E assim como a luta e a memória dos bravos lutadores não foram apagadas com a violência perpetrada por seus assassinos, também não serão esquecidos os teus gritos contra o agrotóxico, a tua defesa pela vida. É na Campanha da Fraternidade deste ano de 2010 que nos inspiramos para continuar a defesa dos direitos humanos, atentando para o ensinamento de Jesus: Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro ( Mt. 6, 24).
É com essa determinação que os movimentos e instituições que assinam esta nota vêm a público se solidarizar com a família do companheiro e com toda a Comunidade do Sítio Tomé, repudiar todas as formas de violência, exigir a apuração rigorosa do crime e a punição dos culpados.
Limoeiro do Norte, 21 de abril de 2010.
CÁRITAS DIOCESANA DE LIMOEIRO DO NORTE
NÚCLEO TRAMAS – UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
RENAPE – REDE NACIONAL DE ADVOGADO POPULAR
MAB – MOVIMENTO DOS ATINGIDOS POR BARRAGEM
CPT – COMISSÃO PASTORAL DA TERRA – DIOCESE DE L. DO NORTE
PASTORAIS SOCIAIS – DIOCESE DE LIMOEIRO DO NORTE
MST – MOVIMENTO DOS TRABALHADORES SEM-TERRA
FAFIDAM – FACULDADE DE FILOSOFIA DOM AURELIANO MATOS
terça-feira, 20 de abril de 2010
Salvemos o planeta!

Todos nós estamos assistindo uma estupenda agressão ao meio ambiente. Rios, mares, lagos, matas e a fauna são agredidos impiedosamente. Isso nos leva a uma pergunta: quem promove tamanha destruição do nosso planeta? Ora, você, como tantos outros, poderia responder: a destruição do meio ambiente deve-se a sanha devastadora do próprio homem, precisamos criar uma cultura de preservação da natureza.
Esse discurso serve muito bem para encobrir a verdadeira causa das agressões ambientais, pois o homem que destrói a natureza o faz tangido pelo sistema sócio econômico vigente que responde pelo nome de Capitalismo.
Uma classe, a burguesia, destrói a natureza em busca de fartos lucros. A outra classe, a dos despossuídos, devasta a natureza na busca desesperada pela sobrevivência. Assim sendo, torna-se inócua a tentativa de enfrentar esse problema apenas através de uma presumida cultura ambiental. Faz-se necessário e urgente que ataquemos a causa. É preciso desmantelar o sistema capitalista e construir uma nova ordem econômica e social, que planeje a relação do homem com a natureza e isso não pode ser feito nos marcos desse mesmo capitalismo. Dizer viva o nosso planeta, corresponde dizer: abaixo ao capitalismo!
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Desenvolvimento Sustentável
Esquema representativo das várias componentes do desenvolvimento sustentável
A definição mais usada para o desenvolvimento sustentável é:
O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais.
— Relatório Brundtland
O campo do desenvolvimento sustentável pode ser conceptualmente dividido em três componentes: a sustentabilidade ambiental, sustentabilidade econômica e sustentabilidade sócio-política.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento_sustent%C3%A1vel
sábado, 20 de março de 2010
Sou contra a construção do ESTALEIRO NO SERVILUZ


E assim que prefere ver nossa natureza. E nosso povo precisa realmente ficar a meser dos interesses finaceiros o que vale mais o dinhero ou a vida? A comunidade do Titanzinho não se trata de meia duzia de sufistas são familias quem tem direito a moradia digna sem a implantação de mais um ponto de prostituição. O terreno é patrimonio da união é o povo tem direito ao espaço para lazer, esporte e pesca...
http:/serviluzsemfronteiras.blogspot.com/
Os estaleiros de construção produzem impactos que afectam o meio ambiente e a qualidade de vida dos cidadãos. No entanto, não existe no nosso país legislação que obrigue à elaboração de um estudo no sentido de os prevenir, pelo que é um aspecto muitas vezes negligenciado. Contudo, existem sinais que evidenciam a importância que recentemente este assunto tem adquirido. Entre os quais podem salientar-se, a consciência crescente da opinião pública relativamente aos inconvenientes que os estaleiros em actividade nos centros urbanos têm sobre o meio ambiente e sobre a qualidade de vida dos cidadãos.


quarta-feira, 10 de março de 2010
Os Pitaguary
Pitaguary é a auto-denominação do povo indígena que vive ao pé da serra entre os municípios cearenses de Maracanaú, Pacatuba e Maranguape. Distando aproximadamente 26 Km de Fortaleza, a Terra Indígena (TI) Pitaguary está situada na região metropolitana da capital cearense, tendo em seus arredores uma área caracterizada pela concentração de indústrias e urbanização crescente. Habitada pelos Pitaguary desde há muito, essa terra é socialmente marcada por uma série de acontecimentos que fundam a memória coletiva de seu povo. Foi nela que os “troncos velhos” pereceram, deixando suas “raízes antigas”, assim como é dela que sobrevivem os Pitaguary de hoje.
De origem Tupi, o termo Pitaguary sempre aparece, nos documentos oficiais dos séculos XVII, XVIII e XIX, designando um lugar: uma serra, um sítio ou um terreno.Aspectos sócio-econômicos
Além da caça e a pesca, que complementam parte da dieta alimentar de algumas poucas famílias, a sobrevivência dos Pitaguary é garantida a partir do extrativismo vegetal e mineral, do artesanato, da agricultura familiar, além de um pequeno número de empregos formais, dentro da área indígena, e informais, na zona urbana de Maracanaú e Fortaleza. A agricultura de subsistência, com plantio de mandioca, macaxeira, milho, feijão e jerimum, é praticada por algumas famílias, sendo entretanto inteiramente dependente da estação chuvosa. Já a atividade artesanal engloba um grande número de pessoas, mas tem se mostrado vulnerável aos riscos do extrativismo desmesurado e à sede de lucro dos atravessadores.
Os trabalhos artesanais são feitos a partir de matéria-prima da região. A produção local inclui desde a confecção de colares e trajes típicos, feitos da fibra do tucum e outros materiais, até a fabricação de cerâmica pintada à mão com com diversos tipos de barro. Figurando como o produto artesanal mais popular entre os Pitaguary, os colares são criados a partir de uma infinidade de sementes nativas, tais quais o jiriquiti, a mucunã, a linhaça, o mulungu, a lágrima de Nossa Senhora, o sabonete, o coco-babão e o coco-babaçu. Afora trabalhos manuais mais comuns como o bordado, o fuxico e o crochê, nota-se ainda a produção de cestos e sacolas de palha, além de adornos utilizados em eventos tradicionais, muitos dos quais são feitos de fibras vegetais e penas de aves como a galinha d’água, o anum-branco e o socó-boi.
Quanto às atividades econômicas de extrativismo, as mais comuns são o corte de madeira e a mineração de areia lavada, fonte de renda de muitas famílias nas localidades de Santo Antônio, Horto e Olho D’Água. Todavia, dada a degradação ambiental resultante dessas práticas, as lideranças locais têm demonstrado uma preocupação constante no sentido de se buscar outras formas de geração de emprego e renda dentro da área. Essa necessidade fica ainda mais evidente quando se observa que o corte de madeira acarretou no desmatamento de áreas de tamanho significativo, assim como a retirada de areia contínua provocou o aparecimento de cavidades de profundidade variável. Como conseqüência, a modificação da mata ciliar acabou por causar o assoreamento de alguns rios, com a morte, inclusive, de árvores de inestimável valor medicinal para os Pitaguary.
Os empregos formais estão reduzidos aos postos de trabalho advindos do processo de implementação de políticas públicas voltadas para a saúde e a educação indígena. Há, portanto, vários índios e índias nos cargos de professores das escolas diferenciadas, além de funcionários dos postos de saúde, como agentes de saúde, assistentes de enfermagem, zeladores e vigilantes.
Afora isso, nota-se o investimento de algumas famílias na criação de animais de pequeno porte, como a galinha caipira, a cabra e o porco. De um modo geral, num cenário de poucas alternativas econômicas, as lideranças Pitaguary têm tentado, a partir dos recursos financeiros disponíveis e com o apoio de órgãos governamentais, desenvolver pequenos projetos de auto-sustentação, como a criação de gado para leite, as hortas comunitárias e a agricultura familiar irrigada.
domingo, 7 de março de 2010
segunda-feira, 1 de março de 2010
Casa-Grande & Senzala
Através dele, Freyre destaca a importância da Casa Grande na formação sociocultural brasileira bem como a da senzala que complementaria a primeira.
Na opinião de Freyre, a própria estrutura arquitetônica da Casa-Grande expressaria o modo de organização social e política que se instaurou no Brasil, qual seja o do patriarcalismo. Isto posto que tal estrutura seria capaz de incorporar os vários elementos que comporiam a propriedade funciária do Brasil colônia. Do mesmo modo, o patriarca da terra era tido como o dono de tudo que nela se encontrasse como escravos, parentes, filhos, esposa, etc. Este domínio se estabelece de maneira a incorporar tais elementos e não de excluí-los. Tal padrão se expressa na Casa-Grande que é capaz de abrigar desde escravos até os filhos do patriarca e suas respectivas famílias.
Neste livro o autor tenta também desmistificar a noção de determinação racial na formação de um povo no que dá maior importância àqueles culturais e ambientais. Com isso refuta a idéia de que no Brasil se teria uma raça inferior dada a miscigenação que aqui se estabeleceu. Antes, aponta para os elementos positivos que perpassam a formação cultural brasileira composta por tal miscigenação (notadamente entre portugueses, índios e negros).
Postado por Stephanie Nely às 13:28 0 comentários
Gilberto Freyre
Filho de Alfredo Freyre, juiz e catedrático de Economia Política da Faculdade de Direito do Recife e de D. Francisca de Mello Freyre. Descendente de indígenas, espanhóis, portugueses e neerlandeses, Gilberto Freyre inicia seus estudos frequentando o jardim da infância do Colégio Americano Gilreath, em 1908. Faz seu primeiro contato com a literatura através das As Viagens de Gulliver. Todavia, apesar de seu interesse, não consegue aprender a escrever, fazendo-se notar pelos desenhos. Toma aulas particulares com o pintor Telles Júnior, que reclama contra sua insistência em deformar os modelos. Começa a aprender a ler e escrever em inglês com Mr. Williams, que elogia seus desenhos.
Em 1909 falece sua avó materna, que vivia a mimá-lo por supor ser o neto retardado, pela dificuldade em aprender a escrever. Ocorrem suas primeiras experiências rurais de menino de engenho, nessa época, quando passa temporada no Engenho São Severino do Ramo, pertencente a parentes seus. Mais tarde escreverá sobre essa primeira experiência numa de suas melhores páginas, incluída em Pessoas, Coisas & Animais.
Freyre estudou na Universidade de Columbia nos Estados Unidos onde conhece Franz Boas, sua principal referência intelectual. Em 1922 publica sua tese de mestrado "Social life in Brazil in the middle of the 19th century" (Vida social no Brasil nos meados do século XIX,)dentro do periódico Hispanic American Historical Rewiew, volume 5. Com isto obteve o título Masters of Arts.Seu primeiro e mais conhecido livro é Casa-Grande & Senzala, publicado no ano de 1933. Em 1946, Gilberto Freyre é eleito pela UDN para a Assembléia Constituinte e, em 1964, apoia o contragolpe militar que derruba João Goulart. A seu respeito disse Monteiro Lobato:
O Brasil do futuro não vai ser o que os velhos historiadores disserem e os de hoje repetem. Vai ser o que Gilberto Freyre disser. Freyre é um dos gênios de palheta mais rica e iluminante que estas terras antárticas ainda produziram.
Obras
* Casa-Grande & Senzala, 1933.
* Guia Prático, Histórico e Sentimental da Cidade do Recife, 1934.
* Sobrados e Mucambos, 1936.
* Nordeste: Aspectos da Influência da Cana Sobre a Vida e a Paisagem..., 1937.
* Assucar, 1939.
* Olinda, 1939.
* O mundo que o português criou, 1940.
* A história de um engenheiro francês no Brasil,1941.
* Problemas brasileiros de antropologia, 1943.
* Sociologia, 1945.
* Interpretação do Brasil, 1947.
* Ingleses no Brasil, 1948.
* Ordem e Progresso, 1957.
* O Recife sim, Recife não, 1960.
* Vida social no Brasil nos meados do século XIX, (1964).
* Brasis, Brasil e Brasília, 1968.
* O brasileiro entre os outros hispanos, 1975.
Prêmios e títulos
* Prêmio da Sociedade Filipe d'Oliveira, Rio, 1934
* Prêmio Anisfield-Wolf, USA, 1957
* Prêmio de Excelência Literária, da Academia Paulista de Letras, 1961
* Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras (conjunto de obras), 1962
* Prêmio Moinho Santista de "Ciências Sociais em Geral", 1964
* Prêmio Aspen, do Instituto Aspen, USA, 1967
* Prêmio Internacional La Madonnina, Itália, 1969
* Sir - "Cavaleiro Comandante do Império Britânico", distinção conferida pela Rainha da Inglaterra, 1971
* Medalha Joaquim Nabuco, Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco, 1972
* Troféu Novo Mundo, por "obras notáveis em Sociologia e História", São Paulo - Troféu Diários Associados, por "maior distinção atual em Artes Pláticas" - Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, 1973
* Vencedor do Prêmio Esso em 2005
* Medalha de Ouro José Vasconcelos, Frente de Afirmación Hispanista de México, 1974
* Educador do Ano, Sindicato dos Professores do Ensino Primário e Secundário em Pernambuco e Associação dos Professores do Ensino Oficial, 1974
* Medalha Massangana, Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, 1974
* Grã-cruz Andrés Bello da Venezela, 1978
* Grã-cruz da Ordem do Mérito dos Guararapes do Estado de Pernambuco, 1978
* Prêmio Brasília de Literatura para Conjunto de Obras, Fundação Cultural do Distrito Federal, 1979
* Prêmio Moinho Recife, 1980
* Medalha da Ordem do Ipiranga do Estado de São Paulo, 1980
* Medalha Biblioteca Nacional, 1984
* Grã-cruz de D. Alfonso, El Sabio, Espanha, 1983
* Grã-cruz de Santiago da Espada, Portugal, 1983
* Grã-cruz da Ordem do Mérito Capibaribe da Cidade do Recife, 1985
* Grande Oficial da Legião de Honra, França, 2008